quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ERA UMA TARDE QUENTE




Ahh... Uff...

O suor escorria em minhas costas e a blusa branca colava no meu corpo.
Enquanto caminhava, ficava sonhando com água – algo como uma piscina ou banheira com muita água fria para poder refrescar as idéias.
Pausa para um refresco num cyber café conhecido.
Entre um gole e outro num suco de laranja, aproveitei para dar uma atualizada nos e-mails e conferir as últimas dos principais jornais eletrônicos.
Foi quando me dei conta que havia um programa de comunicação aberto. Coisa de alguém ter deixado ligado sem querer.
Ficava aquele pisca-pisca na tela “gritando” o nome Paulo.
Sem pensar, tomei partido de dispensá-lo:
- Amigo, aqui é a Alexandra. Você não me conhece e eu nem sei com quem você estava conversando antes, mas agora sou eu que estou aqui e isso tá me incomodando. Tchau, adeus...Basta!
Nenhuma resposta.
Continuei minha navegação, dessa vez em paz.
- Ei!!!... a senhorita está sozinha aí?
Pronto! Perturbação da paz novamente.

Mas entrei na onda e resolvi dar pano para a manga.
- Estou sozinha sim ... e sem nada!
- Moça, você só pode estar mentindo. Como poderia estar nua em plena Avenida Norte?
Ops!!!
- Quem é você?
- O loiro a sua direita (rsrsrs).
- Hum...gostei da sua camisa cor salmão.
- E eu da renda lilás da sua calcinha.
- (risos) calor aqui, não acha?
- Engraçado. Estava agora mesmo pensando em fazer uma sauna.
- Sauna? Você é louco? Gosta de sofrer ou sofre de alguma doença incurável? (risos). Tá o maior calor! Estava esperando um convite para um mergulho.
- Porque não?! Topa?
- Porque não?! (risos) Aproveitar o sol e pegar uma corzinha!
- Com certeza... assim eu aproveito a situação para ficar mais um tempo perto da loira mais linda que eu conheci na vida.
Papo vai, papo vem sentamos na mesa, tomamos mais um chá gelado e partimos para a casa dele.
No caminho, fui sondando: loiro, 1,80, divorciado, industrial, descendente de franceses, gourmet, poliglota, educado e romântico. Enfim, a perfeição.
Chegamos num lugar maravilhoso, cheio de palmeiras contornando uma subida íngreme que era somente a entrada do paraíso.
Porque o verdadeiro paraíso era aquela casa gigantesca e eu lá para aproveitar de graça tudo aquilo.
Fiquei por horas girando e vendo tudo impressionada.
- Vamos tirar um pouco dessa roupa, mocinha?
- Bom, depende! Só se começarmos no ofurô.
Acariciando meus ombros e beijando meu pescoço, Paulo tirava lentamente minha blusa e escorregava a ponta dos dedos no meio de minhas costas.
Semi nua, eu o abracei e comecei a tocá-lo com a mesma paciência. Pude sentir a palpitação acelerada do desejo na dobrinha da sua virilha, enquanto falava baixinho alguns mimos para deixá-lo mais a vontade.
Entramos no ofurô e Paulo me puxou para perto dele ferozmente.
Amarrou meus braços com uma fita larga de seda vermelha em algumas alças que enfeitavam aquele cenário e prometeu soltar-me somente depois que eu chegasse quatro vezes ao orgasmo.
A partir de então, apaixonei-me por aquela figura de pele clarinha e imprevisível.
E assim começou a provocação – Paulo brincava com meu corpo como se eu fosse uma bonequinha de porcelana.
Sentia meu gosto, elogiava meu cheiro e a cada curva que ele descobria eu ganhava uma mordida.
Nunca me senti tão desejada.
Ele puxava meus cabelos para trás e a partir do pescoço, acariciava meus seios com toda sua língua.
Não feliz com meu terceiro orgasmo e meio, ele saiu da água e voltou com um balde de gelo:
- Muito calor ainda, minha deusa? Eu te quero mais fresca!
Jogou todo aquele gelo na água e o esfregava entre meus dedos do pé, chupando-os um a um.
E quando já não agüentava mais, ele me desamarrou para irmos para uma cama redonda com lençóis de cetim branco.
E ali ficamos, nus e abraçados durante algumas horas a jogar conversa fora e terminar de descobrir alguns segredos dos nossos corpos que possam ter passado despercebido por causa da água.
Não conseguíamos mais nos vestir – Paulo fazia desenhos imaginários com seus dedos nos meus seios
alternando com beijinhos doces.
E o dia terminou com um brinde de um champanhe gelado que bebemos um na barriga do outro como desculpa para começar tudo de novo...

E continuamos até hoje essa aventura. Nos casamos e estamos muito felizes.


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